20 de novembro de 2011

Nova Serventia

A velha poesia que me voltava
Os olhos às sensações cobertas
Para serem descobertas e desveladas
Sem mais velas ou recados
Abriam suas portas e carregavam
Erguiam pesos que não poderia ver
De que apenas poderia sentir
E assim os ergui

Devolvidos ao mundo nestes versos
Grandiosos ou pequeninos
Volto-me a eles e eles se voltam a mim
Ardilosos e inóspitos, nós dois
Eles estavam dentro de mim
Eu estava dentro deles

À velha poesia que me voltava
Volto-me hoje a ela e
Dissolvendo-me de mim mesmo
Mando meus recados
E ascendo minhas velas
Revelando a única origem

Passo meus olhos sobre o que antes foi
Sobre o que antes eram versos novos
E em nome daquela velha poesia
Recobro o velho e o recubro novamente
Desvelo assim o novo e redescubro
Recobro-me de mim mesmo



[por Igor Baseggio] [20/11/2011]

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