Que tal colocarmos uma parede entre as casas e as ruas?
Que tal colocarmos uma parede entre as casas e as ruas para que você siga seu caminho e eu siga o meu?
Exceto que todas as rádios concordam com todas as televisões e todas as revistas concordam com todas as rádios!
Talvez seja melhor colocar um balde na cabeça e uma rolha em cada orelha...
Você, me diz: Como isso te faz sentir?
Você, me diz: O que é real?
Dizem que os mentirosos serão sempre mentirosos; mesmo quando dizem a verdade já faz anos.
Mesmo quando estão numa ilha deserta com nenhuma pessoa a menos de mil quilômetros para poder conversar.
E eu me pergunto:
Ele está diferente?
Ele mudou o que ele era?
Ou seria ele mais um mentiroso sem mais mentiras para contar?
Talvez ele deva cavar mais fundo.
Debaixo dos ossos da própria história.
Debaixo do tráfego de amizades e dos negócios de rua.
Debaixo do próprio nariz.
Debaixo de tudo o que ele possa inventar.
Debaixo de cada um de nós.
Debaixo do bom e do gentil, do cruel e do estúpido existe uma mentira
Pronta para se tornar verdade.
4 de julho de 2013
14 de julho de 2012
O texto.
... Escuro.
-Quero que ilumine o texto.
Iluminaram.
-Poxa, mas assim não aparece meu rosto...
Iluminaram.
-Poxa, mas assim não vejo ninguém...
Escuro denovo ...
-Porra! Você quer que ilumine o texto, você, a cara dos outros?!
O texto.
[por Igor Baseggio]
-Quero que ilumine o texto.
Iluminaram.
-Poxa, mas assim não aparece meu rosto...
Iluminaram.
-Poxa, mas assim não vejo ninguém...
Escuro denovo ...
-Porra! Você quer que ilumine o texto, você, a cara dos outros?!
O texto.
[por Igor Baseggio]
4 de julho de 2012
Eu e Ou
Ciência de si,
Consciência de si,
Ciência do outro,
Consciência do outro.
E me pergunto:
Quem sou eu que pode apenas ver a si mesmo no encontro com o outro?
Ver um resumo de si
No espelho que é o outro.
Como se os outros
Te revelassem a si.
Quem sabe é assim?
E eu deva me perguntar:
Qual é o outro que me atravessa?
Os mundos estão abertos
Não é preciso ter pressa.
Não existimos sozinhos.
Embarcamos sempre juntos.
[por Igor Baseggio]
Consciência de si,
Ciência do outro,
Consciência do outro.
E me pergunto:
Quem sou eu que pode apenas ver a si mesmo no encontro com o outro?
Ver um resumo de si
No espelho que é o outro.
Como se os outros
Te revelassem a si.
Quem sabe é assim?
E eu deva me perguntar:
Qual é o outro que me atravessa?
Os mundos estão abertos
Não é preciso ter pressa.
Não existimos sozinhos.
Embarcamos sempre juntos.
[por Igor Baseggio]
17 de março de 2012
Inteiro
Não existem metades.
Existem pedaços inteiros.
Eles não se completam.
Eles se misturam.
As metades, incompletas,
Estão dentro de cada pedaço.
E cada pedaço é inteiro,
Único quando está completo.
[por Igor Baseggio]
Existem pedaços inteiros.
Eles não se completam.
Eles se misturam.
As metades, incompletas,
Estão dentro de cada pedaço.
E cada pedaço é inteiro,
Único quando está completo.
[por Igor Baseggio]
11 de fevereiro de 2012
Quem?!
Esfrego em mim toda a força dos versos que se desfazem diante de olhos e bocas tomadas por enervantes ímpetos que buscam as mesmas palavras que esfregariam na minha cara a entrega definitiva de mim mesmo.
[por Igor Baseggio]
[por Igor Baseggio]
Tempo
Tenho tempo para lavar a louça
Tenho tempo para enxugar as mãos
Tenho tempo para ser eu mesmo
Tenho tempo de fazer o que posso
Enquanto isso o tempo, enquanto corre
Eu corro atrás dele e ele foge de mim
Escondido embaixo do meu travesseiro
Em noites a fio. Ele é tão frio.
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Todos somos o tempo
Eu só tenho tempo de ver os outros correndo
Como se tivessem todas as respostas
E assim vou correndo atrás deles
Como se tivesse todas perguntas
E o tempo passa como melodia
Ininterrupta como se tivesse
Todas as respostas a essas perguntas
Como quem sou eu? Como sou?
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Todos somos o tempo
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Cada um tem seu tempo
[por Igor Baseggio]
Tenho tempo para enxugar as mãos
Tenho tempo para ser eu mesmo
Tenho tempo de fazer o que posso
Enquanto isso o tempo, enquanto corre
Eu corro atrás dele e ele foge de mim
Escondido embaixo do meu travesseiro
Em noites a fio. Ele é tão frio.
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Todos somos o tempo
Eu só tenho tempo de ver os outros correndo
Como se tivessem todas as respostas
E assim vou correndo atrás deles
Como se tivesse todas perguntas
E o tempo passa como melodia
Ininterrupta como se tivesse
Todas as respostas a essas perguntas
Como quem sou eu? Como sou?
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Todos somos o tempo
Nós tivemos tempo
Nós temos tempo
Nós vamos ter tempo
Cada um tem seu tempo
[por Igor Baseggio]
20 de novembro de 2011
Nova Serventia
A velha poesia que me voltava
Os olhos às sensações cobertas
Para serem descobertas e desveladas
Sem mais velas ou recados
Abriam suas portas e carregavam
Erguiam pesos que não poderia ver
De que apenas poderia sentir
E assim os ergui
Devolvidos ao mundo nestes versos
Grandiosos ou pequeninos
Volto-me a eles e eles se voltam a mim
Ardilosos e inóspitos, nós dois
Eles estavam dentro de mim
Eu estava dentro deles
À velha poesia que me voltava
Volto-me hoje a ela e
Dissolvendo-me de mim mesmo
Mando meus recados
E ascendo minhas velas
Revelando a única origem
Passo meus olhos sobre o que antes foi
Sobre o que antes eram versos novos
E em nome daquela velha poesia
Recobro o velho e o recubro novamente
Desvelo assim o novo e redescubro
Recobro-me de mim mesmo
[por Igor Baseggio] [20/11/2011]
Os olhos às sensações cobertas
Para serem descobertas e desveladas
Sem mais velas ou recados
Abriam suas portas e carregavam
Erguiam pesos que não poderia ver
De que apenas poderia sentir
E assim os ergui
Devolvidos ao mundo nestes versos
Grandiosos ou pequeninos
Volto-me a eles e eles se voltam a mim
Ardilosos e inóspitos, nós dois
Eles estavam dentro de mim
Eu estava dentro deles
À velha poesia que me voltava
Volto-me hoje a ela e
Dissolvendo-me de mim mesmo
Mando meus recados
E ascendo minhas velas
Revelando a única origem
Passo meus olhos sobre o que antes foi
Sobre o que antes eram versos novos
E em nome daquela velha poesia
Recobro o velho e o recubro novamente
Desvelo assim o novo e redescubro
Recobro-me de mim mesmo
[por Igor Baseggio] [20/11/2011]
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