20 de novembro de 2011

Nova Serventia

A velha poesia que me voltava
Os olhos às sensações cobertas
Para serem descobertas e desveladas
Sem mais velas ou recados
Abriam suas portas e carregavam
Erguiam pesos que não poderia ver
De que apenas poderia sentir
E assim os ergui

Devolvidos ao mundo nestes versos
Grandiosos ou pequeninos
Volto-me a eles e eles se voltam a mim
Ardilosos e inóspitos, nós dois
Eles estavam dentro de mim
Eu estava dentro deles

À velha poesia que me voltava
Volto-me hoje a ela e
Dissolvendo-me de mim mesmo
Mando meus recados
E ascendo minhas velas
Revelando a única origem

Passo meus olhos sobre o que antes foi
Sobre o que antes eram versos novos
E em nome daquela velha poesia
Recobro o velho e o recubro novamente
Desvelo assim o novo e redescubro
Recobro-me de mim mesmo



[por Igor Baseggio] [20/11/2011]

30 de agosto de 2011

Do Início ao Fim

Do recomeço, começo de novo
À remota essência, peço perdão
Alço voo na asa do coração

O laço se rompe, expõe liberdade
Os deveres interrompem, me choca a realidade

Nos meios, recriei meus meios
De um velho verso, fiz um novo
Escrevi um nome e fiz de conta, fiz de dovo

Esse mundo mostra, me exige razão
O vento sopra minhas mãos

No final, sobrou algo novo
Talvez um sinal, um amor, ou quem sabe uma dor
Fingi que tinha fim e começei de novo...


(por Igor Baseggio)

2 de fevereiro de 2011

Criação

A amplitude da criação
Faz tremer as estruturas de qualquer um
Mesmo daquele que pensava construir um mundo único
Com sua própria imaginação

A verdade daquela rude arte
Que residia em apenas juntar as partes
Para mostrar o que lá vulnerava
Não fazia já mais tanto sentido

Com atitude repleta de parábolas
Subia e veloz voltava ao solo
E enquanto aterrisava sem ação
Batia rápido com a cabeça
Contra muros que não eram quebra-cabeças

Mas continuava tentando juntar as partes
Polia cada aresta por esta
E terminava com duas ou dez peças
Que não se encaixam entre si

A amplitude da criação
Se mostrou assim, além de qualquer junção
Aqui começando a fazer presença
Através de sua própria renascença
A sua única sentença


(por Igor Baseggio)
(02/02/2011)

8 de janeiro de 2011

Esforços

Enovela-te nas linhas de carbono
Mergulha-te dentro da cadeira
Enfrenta-te

Escuta tua mente virar chocalho
Ensurdecer o teu silêncio
Com tanto significado

Perca-te pelos horizontes
Dói-te na vista a cor das distâncias
Embaralham-te a mente
Com tamanha significância

Levanta-te a palma da mão
Fisga-te pelos aplausos silenciosos
Daqueles que oferecem ao mundo
Um pedaço de seus esforços


por Igor Baseggio

2 de janeiro de 2011

I let go

Past is gone
Future's come
Present sings songs never sung
Present smells scents never known

Reminded of the fools you mate
I must run for our inner sake
I let go of that story
And run fast for my glory

'Cause what is past is done
Its tales are far, far gone
And I see presents here
But let me first dry those tears
Happy new year


por Igor Basseggio