28 de junho de 2010

Por enquanto Agora

Estranhos ao conceito da reciprocidade
Talvez esbarremos pela idade
Nas palavras detidas e olhares cinéticos
O nós talvez não seja concreto

Conhecido por sua potência
Talvez esbarre em sua promessa
Das condutas políticas e conversas cibernéticas
Tenho recebido pouco em excelência

Ainda que o fascínio pelo teu comportamento
Me siga míope a todo o tempo
Me desapego contrariado desse contratempo

E certo de que faço o melhor que posso
O melhor que por enquanto agora faço
É colocar energia em outros passos

(por Igor Baseggio)

25 de junho de 2010

Infrutífero Apego

Peguei carona em uma estrela
Que me lembrou das velhas paixões
E na velocidade da luz em curvas retas
Percebi a pequena vastidão das velhas ações

Sentado sobre sentimentos deploráveis
Uma vez cultivei um infrutífero apego
Época em que os frutos bonitos iludiam o gosto
Época onde os gestos escondiam verdades intragáveis

Uma vez com gestos encolhidos
Me guiei por atitudes confortáveis
Uma vez com olhares profundos
Me amorteci por condutas confiáveis

Peguei carona naquela estrela
Que me lembrou destas escuras reações
E na velocidade do som em curvas certas
Percebi a grande vastidão das novas gerações

(por Igor Baseggio)

10 de junho de 2010

Quando a inspiração é o Futuro

Quando depende apenas do poeta
O som da poesia é fácil e perfeito
Mas quando é criada para um terceiro
A poesia é difícil e com defeito

O poeta se dá um conforto inédito
Cada vez que escreve para si
É capaz de traduzir as maiores distâncias que existem entre os corações

Mas quando a palavra que se expressa
É inspirada pelo duvidoso futuro
O poeta borra o papel no mesmo minuto
Escreve com as próprias mãos a sua sentença

O poeta que recria as sensações do coração
Traz em suas palavras o eterno legado
Por outro lado, o poeta que se inspira por um futuro incerto
Cultiva em si a semente de sua própria humilhação

(por Igor Baseggio)

3 de junho de 2010

Naipe

Eu caminhei a favor do vento
Que soprou naquele momento
Então procurei entendimento
Tive que ver com olhos atentos

Comecei correndo rápido
Me acabando logo pálido
Então comecei a ter certeza
Que o caminho pedia esperteza


Navegando em águas conhecidas
Contornei algumas armadilhas
Porque de início eu soube ao certo
Que o destino ele era incerto

Corro lento pelo mundo
Em busca daquele sujeito
Que nascido do seu jeito
tenha coragem de se ver num espelho

(por Igor Baseggio)